sábado, 28 de setembro de 2013

Quantos pontos finais existem em uma reticência?




Histórias inacabadas são como reticências; melhor: reticências significam que aquela história ainda tem mais para ser lida (ou imaginada).
Inúmeras vezes vivemos reticências na vida. Histórias que são cortadas, canceladas, ou terminadas sem concessão de uma da partes. 
Quando alguém se fere, fica uma reticência. Ou quando alguém não entende ou quando se distancia também. 

Mas sempre há tempo para  colocarmos um ponto.
E o tempo... ahhhhh, como o tempo é danado! O tempo é um menino invisível travesso, que brinca conosco. Se diverte aprontando todas, mas sempre mostra a verdade, em algum tempo.

Vivi uma reticência por 16 anos.
Quando estava na faculdade, conheci um cara espetacular. Excelente no rollerblades e na matemática. O Daniel. 
Inteligente até não caber nele. Divertido, irônico (adoro ironia), com fala calma, carinhoso. Dedicado com a família e atencioso comigo: não tive como não me apaixonar. 
Namoramos um tempão. Frequentamos a casa um do outro, viajamos juntos, fui até madrinha da formatura dele. 
Não me lembro de fazer planos para a vida com ele. Nem mesmo dele falar se havia planos também.
Mas isso não importava. Era deliciosa sua companhia. 

Até que...
Um viagem para a Califórnia nos separou. Ele foi estudar, trabalhar por lá. E eu fiquei por aqui. 
Naquele tempo não tínhamos ainda acesso ao celular da forma que é hoje, nem à internet. Carta ainda era um meio de comunicar-se de forma menos dispendiosa, e telefone nos salvava, mas com muita moderação... os preços eram exorbitantes.
Vivemos nossas vidas separados, e o tempo foi separando cada vez mais.

Até que, em um repente, eu me apaixonei por outro homem, e... engravidei...

Me lembro do dia que falei para o Dani que estava grávida, por telefone. Me lembro que a resposta foi :    "-Você acabou de acabar com meu sonho."
Então começou minha reticência. 

Tentei inúmeras vezes contactar o Daniel. Mas ele era distante, não parecia querer contato. Tentei muito, muitas vezes em vão, até desistir.
Por DEZESSEIS anos eu imaginei o que poderia ter acontecido se tivesse vivido tudo que vivi com o Dani ao meu lado. 
Engravidei uma vez, me casei, separei. Depois casei de novo, e tive mais duas filhas. Minha vida foi boa, feliz. Com um bom marido. Mas confesso, ele sempre esteve lá, com a reticência de nossa história.

Até que... uma rede social nos une novamente: ele em Nova Iorque, eu em Paris. Ambos divorciados. Ele em férias e eu partindo para uma viagem para o Cairo, detalhe: a viagem dos meus sonhos!
E ele decidiu me encontrar nesta viagem.
Nos encontramos primeiro na Espanha, depois fomos para a Itália, depois para o Egito.
A viagem foi excelente.

Qualquer um diria agora: como um conto de fadas!
Pois é... mas não é.
Nossa reticência ganhou um ponto. Ponto final.
Não ficamos juntos aquela época, porque não ficaríamos mesmo. Sonhos são lindos, expectativas também, mas a vida é mais real do que gostaríamos e se faz presente de qualquer maneira.
A presença dele em minha vida é marcante sim. Sempre foi. Hoje sei que, da mesma forma, eu fui para ele. Mas é só.

Nossas realidades, verdades, vontades são muito diferentes. Nossos trilhos da vida levam a caminhos completamente diferentes. 
Todos que passam em nossos trilhos fazem diferença: alguns nos levam junto, outros, nos empurram para fora do trilho. Outros nos atropelam. Alguns nos dão carona.
Por algum tempo, nossos trilhos estavam alinhados, mas houve o momento de cada um andar por si.

O Dani é uma pessoa que eu lembrarei sempre, com muito carinho, com muito amor.
Nossa reticência deixou de ser. Ficou mais simples, virou um ponto só.
E nós fechamos uma história, com um final feliz: cheios de admiração.
Ao final das contas, finais felizes também terminam em reticências...


* texto revisado, corrigido e autorizado pelo próprio Daniel!




terça-feira, 24 de setembro de 2013

Algumas verdades das mulheres (para serem lidas pelos homens)

Essa é para vocês, seres com pênis.
Serve para todos. Para todos que quiserem (ou precisam) se relacionar com uma mulher.
Seja a mãe, amiga, filha, namorada, amante ou esposa... todo ser com pênis que precisar viver com uma mulher, precisa entender algumas verdades.

Verdade número 1: não existe nada simples. Tudo pode acontecer se nós dermos um jeito. Portanto, um problema, qualquer um, pode deixar de ser, se acharmos uma solução. Temos que fazer acontecer. 
Verdade número 2: por não haver nada tão simples, precisamos pensar em todas as alternativas existentes no universo. 
Verdade número 3: enquanto pensamos em alternativas, precisamos falar o que se passa em nossas cabeças. 
Verdade número 4: já pensaremos em alternativas em número maior que o de estrelas na galáxia, é melhor você, ser com pênis, escutar a cada uma, sem achar que já acabou a possibilidade de inventarmos outra.
Verdade número 5: quando você, ser com pênis, começar a dar sua opinião, é bem provável que a mulher que formula, pense que você queira encerrar o assunto.
Verdade número 6: se para a mulher, você estiver encerrando o assunto, é porque você está desinteressado. Agora temos dois problemas: um zilhão de alternativas para um problema qualquer, e um homem que não se interessa por nós.
Verdade número 7: quando você se calar, porque está cansado, ou porque desligou o botão on/off que vocês têm (simplesmente esplêndido, em minha opinião), uma guerra se inicia na cabeça da mulher que está próxima a você. E, agora temos mais um problema... o inicial, que passou a ser pequeno, um homem desinteressado (que tem nível 7, de 0 a 10, em preocupação) e entender qual o motivo de tal desinteresse (que entra no nível 10, em urgência).
Verdade número 8: qualquer que tenha sido o problema anterior, VOCÊ passa a ser um problema a ser resolvido. Para resolver esse problema (você), inicia-se nova jornada de todas as alternativas possíveis...

E assim, resumo a apenas 8 verdades, uma situação infinita (o oito representa o infinito, na numerologia)... mulheres e suas alternativas...
Entendam homens: precisamos de vocês e de suas praticidades, porém, precisamos ainda mais de apoio, ouvidos, colo, ombro pras nossas verdades.
Nossas cabeças, definitivamente, são muito diferentes. A forma de agir e pensar. Raciocínios e lógicas, separadas para sempre pelos completamente diferentes cromossomos X e Y. 
Porém, queremos que vocês entendam... precisamos ouvir o que pensam, quando elaboram qualquer plano; necessitamos de apoio em nossos chiliques (eles são horríveis até mesmo para nós);  desejamos elogios para nossa conquistas (elas queimaram muitos dos nossos neurônios). 
Queremos, perto de nós, mais que seres com pênis (seres fantásticos e práticos).
Queremos um ser que se importa, se expõe, nos explica, se interessa e seja, nem que seja só um pouquinho, compreensível com estas conexões malucas que temos na cabeça.

Por favor, meninos, nos falem o que vocês têm para dizer. Mas falem sempre sabendo que, dentro de qualquer mulher que você dirigir a palavra, haverá uma menina louca para ser aceita, desejada e compreendida.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Retorno do exemplo

Tão simples quanto a lei do retorno, é a lei da educação.
Educação é muito mais complexa do que palavras bonitas, colégio caro e bons costumes.
Educação é exemplo.
E desde que o mundo é mundo, as pessoas se espelham em seu entorno.

Educar os filhos é tarefa tão complexa e tão árdua quanto se trabalhar numa mina.
Demanda tempo, carinho, disponibilidade, atenção, amor, dedicação. Não é fácil. É constante e interminável. E como na analogia da mina, nos cansa, por causa da dedicação integral exigida, mas a recompensa pode ser um belo diamante.


Ensinar alguém a conviver em grupo é o princípio das boas maneiras, e algumas famílias se esquecem que o próprio lar já deve ser considerado um núcleo, e portanto, deve-se ter respeito a esse todo.

Longe de ser expert em psicologia ou qualquer formação profissional na área de humanas, como leiga mesmo, vejo a cada dia, famílias inteiras sem rumo, pelo simples fato de lhes faltar exemplo.
Vejo mães estarem ao lado de seus filhos, e sequer saber do que eles realmente precisam.
Vivencio inúmeras experiências de comportamento inadequado das famílias. Sim, as crianças não tem limites, lhes falta comando, boas maneiras e regras. Mas, principalmente, lhes faltam exemplos.
As crianças que tem mau comportamento, em 99% dos casos, estão acompanhados de pais invisíveis. Aqueles que sequer escutam as necessidades de seus filhos, quiçá o quanto seus filhos tem atitudes inoportunas.
Vejo crianças correndo, gritando ou enfrentando pais com fones de ouvido, e com o celular ou o tablet dispostos a extraí-los do mundo real. Entendam bem: os pais usando fones de ouvidos.
Ouço palavrões e respostas inadequadas. De ambos. Dos filhos para o mundo, e dos pais para o mundo.


Vejo pais que não agradecem, que falam alto, que discutem, que "têm direitos" comprados. Pessoas que tratam subordinados com desdém.
Além de ver pais criticando um idoso, e suas dificuldades.  Fazendo algumas malandragens (brasileiros em geral  tendem a serem espertos), furando filas, burlando regras, infringindo leis.
Pais que não param na faixa de segurança, ou não passam por elas puxando seus filhos pelas mãos.
Pais que param na vaga para deficiente.
Pais que pedem para o filho mentir a idade.
Pais que orientam os filhos a dizer ao professor que os salário deles é pago pelos mesmos.

Esses mesmos compram suas ausências com presentes, viagens, roupas caras.
Pagam pessoas para acompanhar seus filhos, sem saber (pasmem) sequer trocar fraldas deles.
Pais que viajam desprovidos de alimentos ou roupas adequadas para aqueles que não tomam decisões sozinhos.

Ser pai e mãe, como já dito, demanda tempo.
Faz parte da criação do filho, orientá-lo a cada deslize, cada palavra errada, cada atitude.
Seja no guardanapo não usado, falando enquanto come, na resposta que dá para o irmão. Todos esses momentos os pais devem estar atentos. E isso cansa, de fato.

Mas o ser que está em formação, só será um ser educado, se vir seus pais sendo gentis um com o outro, aguardando a hora de falar (de forma adequada e sem atropelos), se os vir seguindo as leis do país que moram e dos que visitam, os vendo cuidando dos idosos com carinho e atenção... não maltratando animais, tendo atitudes sustentáveis com o planeta.

Pais que orientam, que cuidam... independente do tempo que dispõem (esse é item raro). Pais que, de fato, amam e se preocupam. Que têm valores e que enxergam o mundo como um todo.

Educação é exemplo. E o que falta em nossa espécie, são bons exemplos.


sábado, 21 de setembro de 2013

Mensagens de um sorriso

Quantas mensagens em um só olhar...
Escolhi esta foto, porque nela tem tantas mensagens, que, talvez, eu mesma não consiga decifrar. Neste dia, eu e minha amiga Thais, voltamos do encontro com minha irmã, dia que ela cortou todo seu cabelo por causa da quimioterapia. 
Ela ficou linda carequinha. Linda mesmo. 
Havia brilho e esperança em seu ser inteiro, e nós estamos lá, acompanhando cada passada de máquina em sua cabeça, que já tinha poucos fios. 
Mesmo sabendo de toda força que ela possui, mesmo tendo fé, aquela imagem da transformação da minha irmãzinha, me fazia me sentir inútil, impotente, indefesa. 
Naquele dia, disse para ela o quando a admirava...  que sabia que tudo daria certo... o quanto ela é linda.
Mas no caminho de volta, chorei.
Chorei por todos os motivos do mundo. 

Por não poder fazer nada mais do que estar ali. Chorei pela impotência, chorei de raiva, chorei por pena (dela e de todos nós).

Chegando em casa, havia um 'grupo de apoio' (amigos mais que especiais), que me confortaram e trouxeram palavras e carinho, como consolo.


E esta foto foi tirada.
Ela me mostra que é preciso olhar muito dentro dos olhos, muito dentro da alma, para saber o que REALMENTE acontece com alguém.


Um sorriso pode dizer mil coisas... Inclusive que, por dentro, você sangra. 

É necessário muita sensibilidade, para enxergar além...
Olhem nos olhos dos seus, e por favor, enxerguem através deles... 

G

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Tudo é uma questão de escolha

"Como tudo é uma questão de escolha, eu escolhi

Ser feliz, comigo e para mim. Não cobrando mais dos outros o que deve estar apenas comigo.
Acreditar no amor. E que ele se transforma. E que retornará para mim, independente de quanto tempo levar.
Ser flexível, porque a vida me mostrou que absolutamente tudo muda, principalmente minhas percepções.
Ser saudável, porque maltratar-se é um suicídio lento.
Ter mais calma. O tempo é senhor da verdade. E só ele, este danado, consegue nos mostrar o que é realmente bom.
Acreditar em Deus. Porém, fazer do meu trabalho, minha conquista.
Calar. Porque o silencio é uma reflexão com o poder de uma oração.
Sorrir. Mesmo quando minha garganta queimar de dor.
Cantar. Pra ser livre dos meus fantasmas, e ficar mais perto de mim.

Escolhi me encontrar. E confesso, estou amando esta pessoa que havia em mim e que eu não conseguia enxergar."

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pensamento III

"É natural que as pessoas rejeitem nobres sentimentos, assim como, tendem a não aceitar o que desconhecem, não tem em si ou ainda não receberam." 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Gergelim

Amigos são amigos. E ponto.
Considero que temos amigos em níveis diferentes (maior grau e menor grau), porém, quando a afinidade das almas é relevante, a ponto de qualquer momento ser bom ao lado de alguém, pode-se considerar amigo. Tentando não ser piegas, é obvio que, não existirá tempo ao lado de alguém que seja 100% prazeroso, considerando as variações de humor e estímulos que recebemos, e considerando ainda mais, se um dos lados for dotado de ovários (consequentemente, seus hormônios e intemperanças).
Mas existem, sim, pessoas que, mesmo em tempo de adversidade, você estar ao lado, será prazeroso, pelo simples fato de você conseguir enxergar e extrair de quem você gosta, o melhor que aquele tem.
Considero a aviação a maior escola de amigos que pude fazer. A rotatividade de pessoas com quem trabalho e a diversidade de culturas, personalidades, e a carência nata, me fez ter amigos em todos os graus possíveis, com um dom ainda maior: o de não precisar estar em contato todo o tempo.
A aviação têm me presenteado com grandes e amados amigos, que não posso, em virtude das nossas vidas/escalas, estar ao lado sempre. 
Eis a grande lição.
Amigo é para estar dentro. 
Adoraria poder estar mais perto daqueles que tanto gosto. Mas, o verdadeiro amigo, vai te oferecer o que você precisa, no momento que você precisa. E te mostrar que, o amor, pode estar em qualquer lugar.

Lembrei de um dia , há algum tempo, eu passava por uma fase ruim,  estava bem chateada, mas sempre próxima de um amigo chamado Paulo.
Relatei para o Paulo Pino, ao chegar na casa dele, uma nova descoberta: eu tinha assistido a  um programa de televisão sobre alimentos, e sobre os efeitos que alguns dos componentes destes  faziam em nosso organismo. Fã incondicional da culinária japonesa, me chamou a atenção o atum, que teria componente X (ai gente, não lembro mesmo... memória fraca também é consequência da aviação), e tal vitamina agiria na ansiedade, diminuindo-a. E logo depois, falaram do gergelim, rico em magnésio (esse eu lembro) e que, o magnésio, liberaria sensação de felicidade.
Como uma criança que descobre justificativa para seus gostos, conto para o meu amigo: eu deveria comer mais comida japonesa... 
Paulo, artista plástico, sensível, amigo, companheiro, corre até sua cozinha e traz dois saquinhos de gergelim (um torrado, outro não), presos por aqueles pregadores de cozinha. Estende-os para mim e declama: "- Eu te desejo toda a felicidade que eu tiver!".
Chorei como um bebê.
A partir daquele dia, percebi  que, amigo deve exercer exatamente esse papel: o da torcida, com cadeira cativa, com toda sinceridade e amor que puder oferecer , seja o momento que for. Seja em linguagem falada, em escrita, ou linguagem figurada.
Hoje, exatamente, faz 9 meses que não vejo o Paulo, porque viaja a trabalho. Algumas poucas vezes nos falamos por mensagem. Porém, o amor que sinto por Paulo, não diminui com a distância, porque sei que ele está aqui dentro, tanto quanto eu sinto que todos os outros amigos amados, me completam e  me aquecem com suas amizades. 
E que, a grande sabedoria, está em perceber que, todas as vezes que a vida nos presentear com um reencontro, será como degustar alguns quilos de gergelim: cheio, cheio de sensação de felicidade!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Acidente

Hoje eu assisti a um acidente. Leve, mas um acidente. De carro. E sei  de todos os  problemas que vêm com a batida... angústia, b.o., seguro, oficina, dinheiro...
 acidente de carro, mesmo sem vítimas é um saco de vivenciar.
E ainda por cima, me senti culpada pelo que aconteceu.
História: estava eu dirigindo na pista da direita em uma avenida com duas pistas. Uma mulher parada esperando para atravessar a avenida, com um bebê no colo, na faixa de segurança. Parei. Eu estava em velocidade baixa e não foi difícil parar antes da faixa. Me senti orgulhosa porque tenho gostado de nós brasileiros aprendermos a respeitar as leis de trânsito. Fiz para ela o movimento com a mão de "por favor, passe!", e ela, receosa, olhou por cima do meu carro o movimento dos carros da pista da esquerda. Enquanto ela calculava a possibilidade de passar ou não, eu refleti que ela tem razão, nem todos obedecem a parada na faixa para o pedestre, mas ainda fui mais longe, os motoristas, apesar de ainda incultos, estão dando de dez a zero nos pedestres, que são poucos, os que aprenderam a atravessar a rua usando a faixa, ainda mais em uma cidade pequena como a minha, cheia de manias culturais impróprias... Cheia de razão em ter medo e cuidado com ela e seu bebê, continuou olhando para os carros que vinham e eu,  também olhei para o movimento que acontecia na outra pista, pelo retrovisor.
Eles não estavam longe, mas parecia que  poderiam diminuir a velocidade, e ela, não tão confiante, começou a travessia pela frente do meu carro, ( já  parado) e foi olhando para se certificar que os outros parariam. Então... o primeiro parou. 
O segundo não parou. 
Pelo menos, não antes de bater no primeiro. Detalhe: atrás do segundo havia um ônibus que também não vinha em velocidade baixa, mas este conseguiu frear.
Primeiro, o  susto. Depois, a  impotência.
 A mãe atravessou na faixa e eu saí da cena, porque passava, naquele instante, um carro do departamento de  trânsito, que já fez meia volta e foi para onde aconteceu a colisão.
Mesmo sabendo que eu fiz o certo, me senti culpada pelo que aconteceu com os carros ao lado e ainda assim, voltei a refletir.
Refleti o  quanto nossa ansiedade nos permite perder momentos.
Eu sou uma pessoa ansiosa em nível master, então, eu faço uma afirmação com o título de Presidente do Clube dos Ansiosos. Título que é concedido por mérito mesmo. Logo, eu sei do que eu estou falando.
Imagino, que não exista uma folha sequer que caia de uma árvore sem fazer parte de um sistema universal inteiro: uma ação gera outra, que afeta um alguém, que gera outra ação, que afeta outro alguém e por aí vai, infinita e universalmente.
Imaginem, quantas mudanças num universo inteiro, isso porque alguém estava com mais pressa, ou ansiedade e acima da velocidade, e impossibilitado de frear.
 Nem estou colocando em jogo a responsabilidade ou a imprudência, porque todos nós, seres normais, já demos um deslizezinho qualquer. 
Observo o quanto acelerar qualquer processo na vida, pode alterar tantas outras coisas, e pior, modificar para muito mais tarde, uma programação inteira, que você adoraria resolver o mais rápido possível.
Me choquei com o quanto de vezes, por imprudência com a minha vida, acelerei, ou ansiei por conquistas, mais rápido do que poderia recebê-las e me machuquei, ou perdi ainda mais tempo, tentando recuperar o que a minha ânsia e expectativa tinham feito em mim. 
Quantas e quantas vezes, principalmente quando dependemos de alguém ou de um esquema inteiro, nos desdobramos, sofremos, não dormimos, culpamos, nos desgastamos... tudo para fazer no tempo que imaginamos ter que fazer, e não no tempo que o tempo precisa, pra fazer acontecer.
Me vi sendo inúmeras vezes a pessoa que perde o restante do dia resolvendo a burocracia, a chatice e os telefonemas que  uma batida da vida demanda quando eu, por ansiedade, imprudência ou imperícia, acelero meus momentos e acabo vivendo outros, com sabores muito diferentes daqueles que eu esperava. E longe de ganhar meu tempo, vivendo com tranquilidade, respirando da forma certa, degustando cada momento... perco meu tempo consertando o que fiz mais rápido e que deixa consequências ainda mais caras, como meu estômago ardido, minhas noites de sono perdidas, minha pele cansada e meu humor instável. Logo, pago com minha saúde.
Eu percebi hoje, que acidentes acontecem sim, não sabemos os porquês, a vida tem disso... às vezes, coloca um carro a parar na nossa frente, quando não atravessa um caminhão inteiro numa estrada. 
Porém, teremos mais chance de conseguir frear, se o foco for no entorno ou à  frente... olhando a paisagem, sentindo cada momento. 
Tentando não adiantar o que a vida tem para dar.

domingo, 15 de setembro de 2013

Ode a saudade

"Só sabe o peso que tem
aquele que já passou.
Quanto tempo passa em um segundo
quanta dor em um compasso,
quanta saudade em uma batida.

Quanto pensamento em um suspiro,
quanto suspiro em um desejo,
quanto aperto em espaço vazio,
quanta ausência em lugar ocupado.

Quão pouco ar em uma inspiração,
quão pouca alegria em cada momento.
Quão pouca vontade em cada passo
e quanta vida em um dia inteiro.

Só sabe quanto dói
aquele que já teve na mão
tudo de mais lindo que desejou
E sente no peito a saudade que o tempo
que insiste em se arrastar
(e arrasta para longe)
aquele que amou."
Saudade em cor de  laranja

sábado, 14 de setembro de 2013

Admiração pelo mundo masculino



"Já é sabido, e não é de hoje, a admiração que tenho pelos homens.
E olha que não estou me referindo ao estereótipo masculino de modelo da sacola da Abercrombie... (Mas já que puxei este assunto... Nossa, de que planeta eles vem? Não conheço terráqueo com aquele físico...). Estou falando, simplesmente, do fato de se nascer homem, utilize o instrumento que veio no meio das pernas da forma que for, mas geneticamente homem (XY).
Sei também que nada é tão fácil quanto parece, mas vamos lá e venhamos cá... Ser homem é muito, muito mais fácil do que ser mulher.

Minha admiração começa pelo botão on/off. Incrível. Admirável. Este disjuntor que tem a capacidade de desligar o cérebro do homem no momento necessário para que o cérebro não exploda... Seja no terrível dia de trabalho, ou com as crianças gritando no carro, seja no surto da esposa... Lá vão eles, pra frente da televisão, desligar o cérebro por alguns instantes... Exatamente como os homens das cavernas em tempos primórdios... Olhar para a sua fogueira e deixar o stress do dia de lado. Capacidade invejável.

Outro motivo de admiração: poder fazer xixi em pé. É simplesmente sensacional! E mais: a vantagem do "esteja onde estiver". Não passam pelo sufoco de ter que procurar um lugar, entrar em um restaurante, olhar limpeza ou fazer uso do músculo da perna para se sustentar do alto. Basta parar na estrada e pimba! Alívio imediato.

Não menos importante na pauta, está a capacidade dos homens em sobreviver com um guarda roupas mixuruco. Somente algumas peças são necessárias: 2 calcas, 5 camisetas, 2 bermudas, um chinelo, um tênis e um sapato. Pronto. Deu. E parece que nunca repetem de roupa.

Ainda no quesito admiração: a simplicidade de tudo.
-Não me procurou por quê? Porque estava trabalhando. Simples assim.
-Não viajou por quê? Porque não tive tempo. Simples assim.
-Não foi passear por quê? Porque estava cansado, simples assim.
-Não telefonou por quê? Porque esqueci... Simples assim.
Estes “simples assim” me causam invejam e uma certa paúra, confesso. Porque no universo feminino tudo que se quer, se dá um jeito. Pensa-se, elabora-se, faz-se acontecer. Já no universo masculino, “dá, deu. Não dá, não deu.” Simples!... E vamos partir para o próximo item.

Seria maravilhoso poder ser tratada como filho a vida inteira, porque quando nasce, tem a mãe, depois, a namorada, depois, a mulher, a amante e depois, com o tempo, a filha volta a cuidar. Parece q o homem tem sempre alguém para cuidar dele. E 'ai' da mulher que descuidar... Já tem, pelo menos, três na fila (pra chutar baixo) querendo ocupar o cargo da anterior.
É que ainda por cima, tem isso... Vocês homens estão em número muito menor... E tem briga no mundo feminino para pegar um! Quem agarra um, normalmente, não larga não... Apela até pra vela e galinha preta, mas não solta mesmo.
Porque homem, meu filho, que atura mulher, é quase canonizado. E claro, alvo de outra, sempre!
E aí, o homem, em seu poder pleno, faz o que quer do mundo. Do mundo das mulheres... Como se o mundo das mulheres não fosse terrível por si só.
E vocês ainda falam que não nos aguentam... E sobra mais uma vez, pra nós mesmas aguentarmos os chiliques alheios, como se os nossos não fossem suficientes.
Simplesmente fantástico.
Devo admitir que, apesar de ter nascido com meu lado masculino bem avantajado, (fazendo referencia ao meu gosto pela cerveja, ao futebol, a capacidade de localização geográfica e ao peito de enfrentar a vida), morro de inveja de vocês, seres com pênis. Porque, para mim, seria fantástico poder desligar a cabeça quando ela fervilha; poder não me preocupar com acessórios, poder gritar "próximo da fila" quando levasse um fora, e claro, mijar em pé também. Seria tudo maravilhoso.

Ahhh e sim, claro, nada de sermos radicais. Em momento algum citei que homens não fazem nada. Fazem. E muito bem. Só que em outro tempo, de outra forma. E não na loucura do mundo feminino, com ansiedade ou imediatismo.
Por ora, tenho o meu consolo: acredito em encarnações. Afinal, não sei como será o esquema pra eu voltar, mas certeza de que vou encher o saco de muita gente lá em cima para que eu volte homem. Enfrento fila, burocracia, carimbo, reunião, canto seresta na janela do indivíduo, volto para fila quinhentas vezes. Não quero nem saber. Na próxima, serei homem. E vou me divertir pacas. Pelo menos, relaxar mais... Ah, se vou!..."


Capa sem título


"Eu acho incrível quando uma pessoa se entitula. Ainda mais incrível quando ela se auto define "eu sou assim".
Na minha opinião, esta pessoa já esta perdendo uma parte importante da vida.
Há pouco tempo, conheci um homem jovem, que, apesar da pouca idade e das nossas poucas conversas, se mostrou ser um homem bem determinado, e confesso, até bem maduro para um homem de 22 anos.
Porém, em uma de nossas conversas, ele me disse: " -quando 'tal' coisa acontece, eu fico 'assim'".
Bom, pra começo de conversa, é preciso largar o preconceito bem de lado, e entender que, apesar de ser uma pessoa jovem, ele já passou por algumas experiências, claro, e isto o moldou no ser que é hoje. Ainda definindo alguns itens, as palavras 'tal coisa' e 'assim', não precisam ser definidas em ações aqui. Uma, porque teria que contar toda a história da vida dele, para conseguir chegar na frase final; e ainda, expor a história do rapaz, mesmo que não identificado, não é minha intenção, e nem a mim foi autorizado.
Então, voltando ao propósito deste texto, exponho minha opinião: "deixe de ser besta, rapaz!"
Não sou nada, não sou ninguém neste mundão de Deus. Vivo aos tropeços. Faço besteira para caramba. Acerto em cheio em outras atitudes. Mas, uma das poucas coisas que eu já aprendi, é que nada, eu disse NADA é definitivo.
Nada e muito menos NINGUÉM!
Julgar-se sábio, meu querido rapaz, é o primeiro passo para deixar de aprender sobre tudo. Julgar-se inteligente, é um grande passo para a ignorância... Agora, definir-se... é o maior erro de alguém que tem uma vida inteira pela frente!
E veja bem, rapaz, não estou falando da sua linda idade, não! Estou exemplificando com vc, o que diria para qualquer jovem de 85 anos.
Deixe de ser besta, e pare de se dar título.
Quem precisa de título é redação.. ou um livro, um projeto, um TCC.
Você NÃO! Ninguém precisa!
Uma definição do que você é ou de como reage a qualquer situação, não te faz mais interessante.
Porque, querido lindo jovem, se uma coisa na vida é certa, é que sua opinião irá mudar. Mudará porque seus 'meios' mudarão e se tornarão um zilhão de 'fins' prováveis.
Mudarão seus amigos, suas turmas, suas musicas, seus gostos, suas cores, suas roupas, seus carros, suas namoradas. E é certo, sua opinião. Logo, todo você.
Sua construção, será baseada em tudo e todos que passarem por você. Seu alicerce, será toda experiência, de todos os lugares que você visitar e de todas as pessoas que perto de você estiverem.
E estes, todos, também são mutantes, porque dependem de todos os outros que com eles conviverem.
Portanto, belo rapaz, pare de se preocupar com seu rotulo. Você não é uma lata de ervilhas ou qualquer outro item que se compra no mercado, com descrição ou manual de instrução de uso... Você também deve ser mantido em local arejado, mas onde alcance luz e calor sim. Esse é o segredo. Passar calor, frio, chuva, sol, vento... Estas temperaturas te moldarão... E você aprenderá aos poucos como ter equilíbrio entre as temperaturas da sua vida...
Você é uma PESSOA, (alias, em minha opinião, uma pessoa muito bonita), que deve usufruir de um mundo inteiro para começar a entender quem é... quem sabe lá pelos 40, quando os joelhos estiverem bem ralados e já cicatrizados.
Não se preocupe com seu "título". Você não precisa dele.
Preocupe-se com a historia que você escreve nele. Preocupe-se com a historia que você muda nos outros livros. A "capa" do seu livro já é interessante o suficiente.
Permita aos seus leitores que definam seu conteúdo. Mas isso também dependerá do conteúdo dos seus leitores.
Mas aí, já é outra história..."

Não foi e nem é fácil

"Se foi fácil ser assim???
Não, não foi.
Tive que deitar sozinha e acordar sozinha. Muitos dias. Anos. Com os meus milhões de pensamentos, alguns culposos, outros masoquistas, outros ternos. Mas sempre, sempre revendo minhas atitudes e me achando terrível.
Recebi (e ainda recebo) em 'sedex 10', com direito a caixa e laço, todo pensamento ou ação de julgamento contra o outro. Tive que aprender a engolir o que vejo e não compreendo, para que não receber do "universo" o que não consigo entender.
Tive que ver o "homem da foice" perto. Perto da minha irmã, da minha filha, do meu irmão e de mim. Ele chegou, me chamou e eu quase fui.
Tive que fazer descer pela garganta palavras inteiras, que estavam presas em minha boca, e que poderiam ofender aos outros... mas não, preferi e prefiro não pronunciar, para que não tenha que recebê-las em outro dia qualquer...
Tive que contar moeda. Tive que dizer não aos filhos.
Vivi preconceito ao contrário... de acharem que "meu mundo" era inatingível, como se meu mundo não fosse exatamente o "mundo deles também".
Tive que sair tropeçando e correndo, e caindo e sangrando, simplesmente porque todos me achavam forte, e colocaram em minha "mochila" pesos que eram deles. Porque eu permiti, claro.
Tenho que cuidar de cada pensamento, cada palavra, cada centímetro do meu espaço, da minha ação... porque só diretamente, ela atinge, pelo menos, mais três, e ainda sei, que toda ação desenvolvida, gera reação em cadeia, e pode voltar para mim em uma força que eu não saberia dominar.
Tive que dizer não para quem amo. Tive que desistir de quem sempre esteve perto, porque vi que não estavam "dentro" e este sim, é o mais importante pra mim.
Sangrei. Esvaí minhas forças, em força tão grande, que a vertigem atingiu meus olhos e alma, e cheguei a descrer na força única que levanta minha vida.
Foi aí, sozinha, quase nula, que pude enxergar que a vontade só poderia vir de mim. Que teria que gostar de mim. Estar bela para mim. Cuidar de minha saúde. Do meu físico. Dos meus verdadeiros amores.
Sinto por você, que sente inveja da minha plenitude, e te digo: ela é sim causa de inveja, porque é preciso SE vencer para poder conquistar.
O que você enxerga em mim, nada mais é, que alguém plenamente feliz. Que se perdeu para se achar. E que encontrou numa força tão grande, que é melhor você sair da frente. Sua inveja não vai derrubar.
Pode sentir inveja sim. Mas se quiser saber qual é o "segredo", pode vir também. Eu faço questão de te ajudar a achar em você o melhor que você tem. Isso também me faria bem.
O que você lê em meus olhos se chama FELICIDADE. E ela, a felicidade, não está relacionada a ninguém, a não ser, em saber que, apesar da vida ser uma escada rolante, eu estou conseguindo manter o meu degrau.
Te convido para saber como é. Será um prazer."

Reforma em casa velha


"Responda sinceramente. Resposta interna, sem auto sabotagem.
Quando alguém te critica, qual a sua reação?
Se me permite, eu indicarei as prováveis:
-é possível que você fique indignado, imagine que o outro não te conheça tão bem e que dê uma opinião que não te serve;
- é provável que você se chateie, fique triste com o outro e pense que ele não é tão seu amigo quanto o espe
rado;
- pode ser que você não se importe, pense que a opinião do outro é irrelevante, e nada tenha a ver com você.
- é possível que você pense inúmeras coisas, sinta uma infinidade de sentimentos, e bem possível que você apenas projete em quem te apontou um defeito, que o 'defeito' seja dele ... E não seu, quem ele nem conhece tanto...
Pois assim é a nossa defesa.
Tão complexa a nossa forma de pensar e agir, mas que, em maioria, projetamos no outro, o que não conseguimos decifrar em nós mesmos.
Certa vez, um grande amigo, daqueles da vida toda, me disse, em um momento que eu entristecera com outros tantos amigos: "não se preocupe em ser perfeita, a sua reforma, é reforma em casa velha..."

Hoje, muitos, muitos dias depois, eu entendo tudo que ele quis dizer com a tal reforma.
Somos seres construídos através de varias experiências vividas. Traumas, alegrias... sentidos ou percebidos, eles moldaram e fixaram desde o nosso alicerce até o acabamento.
Chega uma idade que sua casa está lá, linda, aconchegante, pronta para receber visita.
Como todo tempo gera desgaste, da mesma forma, nossa manias e jeitos, começam a interferir no aconchego do lar que somos.
Claro, considerando que cada 'visitante' tem preferência por um tipo de residência, é impossível agradar todo mundo.
Mas, você um dia, sem pedir a opinião de outro, recebe uma crítica sobre o seu jeito de ser. A forma que fala, a roupa que veste, ou seja lá o que for.
Então, se você conseguir engolir um orgulhozinho besta, que a idade já te mostrou, não serve pra muita coisa, você deixa de projetar seu erro 'naquele' e começa sua reforma.
Ai, ai. Como é complicado 'se enxergar'.
Deitar ali, dentro de você mesmo, e ver claramente, que, poxa... Não é que é verdade? Estou precisando mudar este jeito..."
Reforma em casa velha, diria meu amigo.

Digamos que você constate uma "infiltração".
A infiltração não só danificou a parede. Ela embolorou seus móveis, estragou o piso.
Não adianta você colocar um quadro para esconder o dano. Precisa quebrar, meu filho, e vai fazer sujeira.
Respire e vá. Vamos começar. O pedreiro é você mesmo, e o mestre de obras também. Já que é para fazer, que seja usado, desta vez, o melhor material.
Começa o pó por toda casa... Caramba! Era só um pedaço de parede...
Qual o quê!
Trocamos o encanamento, essa parte ate foi fácil, mas agora, que danificou o azulejo, é preciso colocar outro no lugar.
Azulejo?!?! Não, meu querido, agora ele chama revestimento, e você sai enlouquecido tendo que trocar o revestimento de um ambiente inteiro, por causa de 30cm de cano.
Sim. Revestimento é caro. E sua obra, que você acreditava ser baratinha, já te custa mais do que o esperado.
E demora mais que o esperado também.
É possível que, no meio da reforma, algo inusitado apareça, e você seja obrigado a dar um "breque" na sua reforma. Mas, agora que ela começou, é só sua responsabilidade terminar.
Já que me intrometi na SUA reforma, me permita dar alguns palpites:
- alguns outros 'engenheiros' aparecerão, e darão informações diferentes do seu alvo. Leve-as em consideração. Pode ser que tenha um caminho mais curto para se percorrer;
-pode ser que, durante sua obra, o encanamento estoure e estrague tudo que você fez ate agora. Tenha calma e comece de novo. Desta vez, certifique-se que o material é de excelente qualidade e o trabalho também, agora ninguém mais te engana;
-mesmo aparecendo outros tantos 'problemas' na sua casa, arrume um de cada vez. A chance de fazer tudo ao mesmo tempo e bem feito, é mínima. E lembre-se, não existe possibilidade de derrubar a casa e construir outra. O trabalho é árduo. Acostume-se;
Ao final: é possível que você se encante com "materiais caros" e deseje ostentar o que sua construção não comporta. Se isso te ocorrer, lembre-se:
O que faz uma boa casa, é seu aconchego, suas portas e janelas de boa qualidade, a tranqüilidade e segurança que ela traz.
Uma casa que ostenta demasiado luxo, precisa de cerca elétrica, cão de guarda, segurança particular, senha para entrar e vigilância 24 horas.
Nada mais gratificante, que alguém entrar em seu 'lar' e se sentir seguro e confortável nele!"

Presidente

"Se for para me fazer de louco, não me contento com cargo menor que presidente do manicômio." 

Sob nova direção

Prezados Senhores:
Informo que, a partir da data de hoje, é vetada a participação em minha vida de QUALQUER pessoa que, precise me convencer que diz a verdade. Aos senhores, reitero, que, uma vez que eu precisar ser convencida de qualquer comportamento, já aprendi que a chance de ser mentira é praticamente 100%.
Portanto, antecipadamente, solicito que VAZE !
Att
A direção
(sob nova direção... Muito mais moderna, mais sábia e muito, muito mais feliz!)

Carnaval

"A grande verdade sobre o carnaval é que ele acaba. O restante do ano, é uma eterna ressaca de cinzas. 
Quanto às mascaras, já não mais distinguimos o que é pele, do que é plástico." 

Prefiro a saudade

"Preferi escolher a saudade, no lugar da incerteza e do medo. Cada dia, tenho mais provas que acertei. 
As pessoas não mudam. Elas aprimoram suas qualidades. Da mesma forma seus defeitos.
Eu escolhi não estar perto de quem, tem como defeito, não gostar tanto de mim.
Porque, vamos combinar... Só mesmo sendo insano, para não gostar de mim... rs
A saudade passa.
O medo se torna força para melhorar sozinha.
E meu orgulho por mim, só aumenta!"

Tempero

"Se eu fiquei azeda, perceba qual o tempero que você pôs em minha receita." 

Com pimenta

"Não posso culpar quem não vê em mim uma pessoa grandiosa. Afinal, as pessoas só enxergam até onde elas mesmas são."

Cambalhotas

"É melhor deixar a vida te deixar de ponta cabeça.
Aproveite e esvazie os bolsos...
Aprenda a enxergar deste novo angulo.
Quando tudo voltar para o lugar, você estará limpo.
Esse negocio de ficar dando 'cambalhotas' , não serve pra muita coisa... O movimento é grande, faz estardalhaço, mas você volta para a posição inicial só mais tonto...!" 

Um olhar

"Para mim, um olhar ainda vale mais que mil palavras;
Um livro ainda é uma forma de transportar-se;
Água é o melhor remédio;
Um beijo ainda é demonstração de carinho;
Um abraço diz 'te gosto muito';
E que eu ainda, sou a única responsável pela minha felicidade..."

Pensamento II

"Não faça perguntas que você não queira saber a resposta."

Pensamento

"Não faça uma pergunta para que a resposta seja sua desculpa."

O meu normal



"Para mim, tudo parece normal.
É normal sim, receber meu ex marido e sua namorada. É normal conversar com ele, rir com ele, passear com ele. É normal ter terminado uma relação onde o amor se transformou em amizade, e que nós aceitamos isso com a mesma naturalidade qual outros eventos em nossas vidas. 
É normal ter esperado para divorciar, sem pressa, sem desespero, porque não queríamos "nos livrar" um do outro. Sabíamos somente a hora de sair, trocar de cena, mudar os planos, que tantas vezes mudamos em outras circunstancias e a vida seguiu em frente.
É normal falarmos sem agressão, sem ofensas, sem alterar voz. É ainda normal nos comunicarmos com carinho, com alegria ou agonia, torcendo pela felicidade um do outro.


Por favor, parem de me perguntar ' vocês ainda se falam?' ou ' vocês se dão bem?', como se tivéssemos descido de uma espaçonave, com antenas e pele verdes.
Não é normal dormir com quem não se quer por apego, preguiça ou interesse. 

Não é normal gostar mais de dinheiro ou luxo. 
Não é normal sufocar o outro com um ciúme doentio e telefonemas desnecessários.
Não é normal usar vela preta, galinha ou outros artifícios para manter alguém ao seu lado.
Não é normal querer estar no outro, quando o outro não quer estar em você

Não é normal forçar, forjar, simular, mentir, ou qualquer comportamento que não seja  deixar o outro livre para escolher estar com você ou não.

Antes de criticar o "meu normal", olhe para o seu. E perceba se você (e o outro, claro), está feliz."

Nossas asas estão na alma



"Me desculpem os normais, mas vocês não sabem como é.
Não sabem como é entender que cada um tem uma história, e que fazer parte disso é tão importante quanto a própria história.
Vocês não sabem o que é sentir o cheiro de tudo antes que isso tudo aconteça... Alguns chamam de intuição, nós desenvolvemos por instinto.
Vocês não sabem o que é ver a gratidão de um olhar, de alguém que você conseguiu identificar, entre tantos outros, que precisa de algo a mais e que você tem a capacidade de oferecer.
Não sabem como é viver com uma família a cada período, fazer de algumas horas uma vida inteira, criar laços e afinidades eternos, com pessoas que, há pouco, não se conhecia.
Vocês não podem ver os céus e horizontes que vemos, que foto nenhuma consegue descrever.
Não podem admirar estrelas. A lua e o sol ao mesmo tempo, como brinde a mais um dia de trabalho.
Vocês não entendem como conseguimos manter viva uma chama de carinho e amizade por alguém que vimos há muito.
Vocês não sabem o que é fazer de cada parada uma nova casa, e ser grato por estar nela, mesmo não sendo sua.
Me desculpem os normais, mas nossas asas estão na alma. E isso, independe de qualquer avião."
MariLazari

E hoje nasce um blog.

Todo dia é dia de renascer.
Temos esta chance quando abrimos os olhos.
Independente da experiência do dia anterior, ao acordarmos, temos a chance de provar o novo e modificar.
Hoje nasce este blog.
Mais um dia, que eu começo uma mudança. Incrível como experimento mudanças em curto prazo.
Mas, o que é pra ser vivido, deve ser enfrentado. E se eu abri meus olhos novamente, é porque tenho que me fazer viver.
Eis me aqui, em frente a quem nem me conheça. Isso não importa, porque não há como haver mudanças se fizermos sempre o mesmo.
Aproveite o que servir de meu pensamento.