segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Onde não couber palavras...


Tanto a dizer.
Mas palavras apenas tentam descrever sensações vividas. Palavras tentam descrever sentimentos.
Palavras são apenas palavras, são letras soltas para o vento, letras soltas no espaço… que tentam justificar aquilo tudo que preenche o espaço dentro de nós.
Qualquer que seja o texto a ser usado, ele não define o tempo que foi passado, o ardor ou calor.
Não existe forma ou cursiva. Não inventou-se maneira de deixar explodir o que se sente ou se sentiu… o que tem dentro da gente…
Tentamos, desesperadamente, utilizar as mais belas para honrar aos sentimentos mais nobres. 
Pode ser que seja em vão, porque as palavras não cabem neste vão infinito… fenda profunda de um coração que se faz abrigo de tanto amor.
Mas a necessidade de explicar o que se sente se faz implícita e infelizes nós, os que pensam designar em letras, a saudade, a vontade, o desejo, o carinho e a admiração.
Mas Alguém foi muito mais sublime, algum dia, inventou o amor colorido… 
Esse Alguém, semeou em nós o amor, e ao limpar as mãos, batendo-as uma na outra, fez com que o restante das sementes caísse em terra fértil e produziu aquilo que faria traduzir em beleza, a beleza do querer bem.
Esse Alguém nos ensina, que alguns momentos poderão ser silenciosos, mesmo com muito barulho interno.
E que para esses momentos, não caberão palavras.

Onde não couber palavras, caberão flores.


Nenhum comentário:

Postar um comentário