quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Às vezes, o amor...

A gente se engana muito quando acha que encontrando o amor, vai viver em calmaria.
O amor é poderoso, é sentimento completo, que tudo vê e tudo aceita (diria Osho), mas que vêm regado de outros sentimentos agregados.
O amor traz reboliço, o amor traz comichões.
Amar te condena a estar ligado, com quem você nem imaginaria que poderia querer tanto estar perto e dentro.
Só conhece o amor verdadeiro aquele que se desprende de si para se doar inteiramente. Às vezes, quebrando até regras morais, algumas sociais, com certeza. 
Prova disso é quem tem filho e condenaria a morte àquele que fizesse mal a seu rebento. Vai dizer que essa morte não seria por amor?
O amor tem isso aí. Ele nos faz quebrar regras. Faz romper dogmas e paradigmas.
Faz ficar cego. Mas não porque ele mesmo o é.
O amor te preenche tão intensamente, que faz do seu condenado prisioneiro: atado a vínculo perceptível, porém dono de outros tantos movimentos imperceptíveis.
Engana-se quem pensa que o amor navega em rio calmo. O amor é caudaloso, tem quedas altas, e nos faz remar, algumas vezes, contra a maré. 
Ele te puxa, te prende, sufoca, maltrata. Faz doer partes, faz faltar ar. Faz balbuciar palavras, faz gestos bruscos.
O amor, minha gente, vêm regado de tanta violência, que a melhor coisa a se fazer nele, é se deixar levar.

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