quinta-feira, 8 de maio de 2014

Então você não sabe o que é amar.


Quem é que nunca se viu sozinho, olhando para um telefone pedindo para ele tocar?
Quem não mandou uma mensagem, carta, telegrama, e ficou contando os minutos para receber uma resposta?
Quem não passou horas em oração, pedindo para receber uma notícia?
Quem já não viu as horas se arrastarem enquanto espera, ansioso, o momento de encontrar?
Quem já não se desfez de um compromisso e se fez segundo plano só para estar ao lado de alguém por alguns minutos?
Quem já não arriscou a própria insanidade, por algum momento de loucura, só para sentir borboletas por alguém?
Quem não mudou toda uma agenda só para poder encontrar o outro?
Quem não engoliu um sapo (ou uma saparia) só para concordar com aquele que te faz sorrir?
Quem não sentiu um gelo tão grande no estômago, seguido de um calor que adormece as pernas, quando o outro lhe mostra algum interesse?
Quem não se desfez do que gosta, refez o que pensa, recompôs o que desfez, em prol de estar ao lado?
Quem já não se torturou, por dias, aguardando reciprocidade?

Quem não aguardou por uma surpresa, um presente, uma presença, qualquer coisa que demonstre interesse também?
Quem não se viu cantando sozinho, sorrindo alegre, sem precisar de motivo ou razão?


Quem não sentiu tudo isso, me desculpe: não viveu. Não se dedicou, não aguardou, e não se surpreendeu.  E não recebeu o melhor da vida que é aprender a amar.


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