sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tsunami


Você está vivendo a sua vida, que não está nem esplêndida, nem um terror... você só está vivendo e deixando as coisas acontecerem.

E então, vem uma notícia ruim. Qualquer coisa que faça sua cabeça fervilhar.
Você pensa... caramba! Como resolver isso?

Você passa parte do dia tentando resolver este primeiro evento que te angustia. Mas segue...
E aí, vem uma outra notícia. Não tão boa também e você aprende a lidar com dois desconfortos ao mesmo tempo.

Acontece que tudo tem um motivo e uma razão, e de repente, você lida com uma terceira, quarta situação (ou mais),  onde até o mais certo saiu do controle.

Ação: não existe forma de controlar tudo ao nosso redor, não é mesmo? A gente tenta acertar, mas vai errar em algum momento com alguma coisa ou alguém. E não tem erro maior que tentar "estar no controle" de tudo, mesmo porque, quando algo sair do eixo, o responsável é só você.
Culpa: bendita mania de punição que nossa sociedade exige. Mesmo nos menores erros, é sempre importante encontrar um culpado... para quê? Apenas para eximir o seu próprio erro? Já paramos para pensar o quanto o outro errar faz o nosso erro menos importante?
Punição: Não bastando a nossa consciência e nosso sono afetado, ainda temos que sofrer castigo sobre os erros que cometemos, mesmo acertando inúmeras vezes. E eu me coloco a pensar... quanto importante seria o elogio a cada acerto e que as vitórias fossem pontuadas.
Consequência: fica um agravante em seu curriculum, sobre o seu erro, mesmo você administrando uma vida inteira sozinho. Você deve ser retificado, analisado, julgado e isso sempre é normal quando acontece com os outros, mas só doí ,de fato, quando for com você (e você se sente injustiçado, claro).

Enfim, em algum momento da vida, vem um tsunami e te derruba. Derruba pra valer, leva tudo que é estável, mexe com sua estrutura inteira e te faz recomeçar. 
Recomeçar do zero, pode ser oportunidade da própria vida, para que você faça um outro fim para sua história.
Levantar-se depois de grandes tombos, deixa cicatrizes mas a certeza que somos capazes de enfrentar muito mais situações do que nem mesmo nós nos achávamos aptos.

Para esses tsunamis, talvez a receita seja boiar. Boiar até a grande onda devastadora levar tudo. Você fica sem muita reação mas também não se cansa mais, tentando nadar contra uma correnteza forte da qual você não pode superar. 
Enquanto boiamos, podemos colocar ideias em ordem e deixar a "vida nos levar", citaria alguém.

O lado bom? O lado bom de um tsunami é que nele já acontece tudo de uma só vez.
Melhor do que provar pequenas marolas que nos derrubem constantemente, esfolando nossos joelhos e nem permitindo cicatrização.

O tsunami é grande, faz estardalhaço mas te faz recuperar o fôlego e se perceber muito mais potente do que você imaginava.
A marola só faz nos deixar cansados e, muitas vezes, nos faz desistir de sonhos.




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