Descobri há algum tempo que ser só e feliz, é possível.
Aliás, descobri muito mais e já citei isso, inclusive: entendi que é na solidão que descobrimos quem somos e na solidão combatemos nossos monstros.
Nela, somente nela, é possível se perder e se encontrar, sem poder julgar de quem é o erro, sem ter quem culpar.
A solidão prova para você quem você é e te põe à prova. E é nos seus dias só que você percebe o quanto os outros precisam ser tolerantes com você, afinal, na solidão você é obrigado a se enxergar na íntegra e não consegue escapar dos seus sentimentos mais verdadeiros.
A solidão é excelente em muitos âmbitos, a ponto de entendermos muitos por quês. Porque na solidão ninguém nos cobra, não existem máscaras, nem regras, nem convenções... ou esteriótipos e modelos. Não existe um padrão a ser seguido. Ela é sua e você é dela, simples assim. E esse casamento deve ser delicioso, afinal, a responsabilidade é toda sua... senão essa relação pode ruir. E será a sua parte que desabará.
Mas, novamente, tenho o tempo como meu professor e ele, junto com a solidão, me ensinaram outra coisa (que eu confesso, já desconfiava, porque nada é perfeito) e entristeci: Descobri que é horrível estar doente e só. Ainda mais com dores físicas.
Das tristezas que a solidão já me impôs, de todas que eu já vivenciei, até hoje, me reergui: achava que a solidão não me venceria visto que nela me descobri, conheci minha capacidade e me reconstruí.
Mas com dor e só, eu me permiti ficar triste.
Não só porque a vida não para e minhas responsabilidades estão todas aí para serem feitas, não só porque não tenho quem substitua meu cotidiano, principalmente ao que diz respeito aos meus filhos e lar.
É porque neste tipo de solidão reforcei o que já sabia: não nascemos para ficar sós. Acredito que ninguém nasceu. Em algum momento precisamos de alguém para cuidar da gente.
E mais: descobri que chamego, carinho e cafuné são mais potentes do que qualquer analgésico existente.
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