terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tempestades




Nós sentimos a sua chegada.
Sentimos o ar com rajadas diferentes. São mais fortes, são mais frias.
Sentimos o cheiro que emana.
Tudo anuncia sua chegada. Nosso corpo se arrepia. Nossa alma se prepara.
Os ventos entortam os galhos das arvores, o aspecto do dia muda.
Pássaros se recolhem ou voam de forma desigual.
As cores mudam. Escurecem.
As nuvens estão pesadas. E você se recolhe.
Recolhe suas roupas.
Fecha suas janelas.
Se abriga em sua casa.
Se sente protegido, porque ela, a tempestade, vai chegar.

Se sabemos de tudo isso, por que não nos protegemos de todas?
Por que não nos defendemos, seguindo nossos instintos, quando uma tempestade da vida, se aproxima?

Talvez, a resposta seja mais clara do que simples.
Talvez, damos mais atenção ao banal, ao alheio, ao insignificante.
Talvez porque tenhamos nos afastado do que é nosso por instinto.
Talvez porque exista muita tempestade em copo d´água.

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