quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Descobertas de quem ainda nasce



"Tenho descoberto novos sentimentos. Ou seriam velhos sentimentos, apenas desconhecidos por mim?
Descobri que lágrimas tem sabores diferentes.
Aprendi que se pode estar dentro e infinitamente longe.
Descobri que é possível dormir ao lado e ter que adormecer sozinha.
Aprendi que amizade pode ser revista, reformulada, continuada, independente do ponto que parou.
Descobri que se pode amar sinceram
ente, mentindo muito.
Aprendi que é impossível encontrar verdade longe de si.
Aprendi que calor de amor, pode gelar como frio polar.
Descobri que sorrisos camuflam dores.
Aprendi que afinidades existem mesmo com divergência de opinião.
Descobri que o medo é um terço da palavra coragem.
Aprendi que homens se escondem, fogem, camuflam quando lhes é conveniente.
Aprendi que tolerância se conquista perdendo a razão inúmeras vezes.
Aprendi que ódio é amor ao avesso.
Descobri que a língua amarga, a boca sangra, o peito insufla com palavras não pronunciadas.
Descobri que muitas pessoas seriam incapazes de fazer por mim o que, tantas vezes, fiz por elas. E que, algumas que nem conhecia até ontem, estarão a fazer muito mais do que imagino.
Aprendi a silenciar um grito.
Aprendi que silêncio pode ser uma agressão em mais alto nível.
Descobri que a espera faz esvair fluído vital de vida.
Aprendi que a vida é uma caixa. Que contém tudo que você já disse, recriminou, amou, desfez. E de dentro dela, você tira apenas o que algum dia você colocou, mesmo que involuntariamente.
Aprendi que não sou santa, não sou freira, não sou bruxa, não sou puta, não sou fada... Não sou nada, que não enxergarem em mim.
E principalmente: aprendi que verão em mim, apenas o que tiverem em suas próprias caixas." MariLazari

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