sábado, 1 de agosto de 2015

Quanto tempo?



Sabe por quê nós vivemos assim? Nesse sobe e desce de emoções e nessa alegria intermitente? Que ora vira tristeza profunda, ora contento supremo?
Porque achamos que temos tempo!

Quem pensa ter todo tempo do mundo, se dá ao luxo de sentir desalento e, digamos assim, selecionar o que pretende vivenciar.
Tolos somos todos os que achamos ter o tempo como proprietário, sendo que, do contrário, ele tem a nós como servos.
Tolos somos quando deixamos para depois, para mais tarde ou para daqui a pouco, se não temos garantia alguma que o mais tarde acontecerá.
Tolos somos quando adiamos ou suspendemos qualquer projeto, sonho ou vontade.
Tolos somos quando só esperamos ou o deixamos passar (o tal tempo).

Pergunte a um doente terminal quanto vale o segundo de tempo dele. 
Pergunte a ele o que o faria feliz… não seria ter mais tempo e fazer tudo que ele planejou para si?
Pergunte a esse mesmo doente se ele deixaria qualquer coisa para trás nesse momento… pergunte se ele voltaria no tempo para fazer o que pretendeu e adiou.

Agora, se projete no lugar dele e pergunte para si:
- quanto valerá seu próximo beijo?
- quão longo será seu próximo abraço?
- quão profundo seu próximo suspiro?
- quantas pessoas sabem de seu amor por elas?
- quantos sonhos você deixou para amanhã (ou depois)?
- quanto tempo será que você tem para realizar tudo que gostaria?

Uma das poucas verdades da vida é que não estamos no controle. Nem da vida em si, nem do tempo que temos nela.
Pra quê perder tempo esperando um dia, uma época, um momento, se o próximo momento pode, simplesmente, não existir?

Temos felicidade intermitente, porque somos tolos, a ponto de acharmos que teremos tempo para viver mais tarde, sendo que, tudo que se faz após  “decidir deixar para depois”, é morrer aos poucos, um tantinho a cada dia, até que um dia (pode ser que sem aviso prévio), o tempo venha mostrar com toda a sua sabedoria, que você teve direito o tempo todo, de viver e viver bem: só não soube fazer.




Nenhum comentário:

Postar um comentário