quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Esse tal de Lulu

Pra você que não sabe, o Lulu é um aplicativo que avalia os homens. Está linkado a uma rede social, e automaticamente, ao se conectar a ele, você tem acesso ao perfil digamos, observado, por outras garotas.

Já causou alvoraço, curiosidade, revolta.
Não é para menos: um homem é avaliado anonimamente por uma mulher da qual já se relacionou. Dentre os tipos de relacionamento é possível avaliá-lo como ex-namorado, namorando, caso antigo, amigo, parente ou pretendente (não com esse nomes exatos).

Depois de identificar qual o tipo de relacionamento, o aplicativo inicia uma série de perguntas pertinentes a humor, educação, ambição, compromisso, aparência, sexo, beijo e outros. Todas tem alternativas com frases já prontas, subjetivas.
Após esses itens serem escolhidos, sempre com 5 questões de múltipla escolha subjetivas, o aplicativo te manda pra fase final, onde alguns hashtags, já prontos, podem ser selecionados... primeiro positivamente, depois negativamente.
Ao final, o sujeito é avaliado com uma nota, conforme o critério do app.
É isso...


Primeiro: ninguém gosta de ser avaliado. Nem após um curso, uma avaliação te deixa confortável, porque alguém pode imaginar que esse tipo de avaliação não traria desconforto?
Depois: você é avaliado por alguém que, de repente, nem conheça, ou nem te conheça bem.
Mais: por mais intimidade que já possa ter existido, sempre mudamos, e ainda, um relacionamento não é construído por uma pessoa só. Precisa que exista conquista, química, tesão, semelhança entre as duas partes.

Parece uma sabotagem de forma digital, onde qualquer um, pode dizer o que pensa de você, sem você ter direito à replica. Pior: pode inventar, aumentar, sugestionar questões da qual o avaliado nem tem conhecimento ou nem viveu.

É uma forma de sabotagem ao outro, porque sabemos, nem todo mundo será sincero, honesto, idôneo.
Pessoas falham em comportamento ao vivo e a cores, quiçá, anonimamente.

É um aplicativo invasivo, visto como engraçado, porque trata da vida do outro.
Quando o comentário é preconceituoso, desonesto, pejorativo... não tem como ter graça. Ainda mais por seres da mesma espécie.

Meninas: sejam amenas... a tecnologia está aí para nos auxiliar em tudo. Tem gente que se casa via site de relacionamento... até o virtual está dando uma ajuda para o cupido, porque não você também?
Meninos: fiquem tranquilos... mulheres não se sentem ameaçadas por más perfis... a gente insiste em achar que com "a gente" será diferente. Mesmo porque, deve-se ser muito tolo para se abalar pelo comentário ou experiência de outrem se acontecer atração, química e vontade entre duas pessoas.

Tudo deve ser visto de forma como um igual: não quero para mim, não faço para o outro. Sabemos que não funciona bem assim, mas bem que poderíamos tentar.
Nossas experiências são válidas, sempre. Nem que seja para não repetir o mesmo erro. Formaram nosso caráter. Fazem parte de nossa história.
Mas, quem vive de passado é museu. E a história já vivida, serve para construir quem seremos daqui por diante.

Experiências são validas em qualquer sentido.
Mas é  para frente que se caminha. Desde que o mundo é mundo.

Um comentário:

  1. Não faça ao outro o que não gostaria que fosse feito a vc, seja avaliar, seja julgar, seja marcar. Dar carinho, indulgência, atenção e grana ngm quer né? Portanto concordo c vc em todos os aspectos do seu texto. A minha forma de agir é simples: entro não, faço questão de não fazer parte e bloqueio meu perfil para estes aplicativos... É Mari, somos poucas, mas ainda existimos!!

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