sábado, 20 de junho de 2015

O que ela tem de diferente?

Sabe o que ela tem de diferente? Muito. Quase tudo. Quase tudo nela, você nunca tinha visto em alguém. Não assim: não em conjunto, tudo junto e misturado, numa combinação deliciosa de se ver (e viver). A começar pelo seu coração que vibra. Porque o coração dela está a frente de qualquer ação que ela tome. Da mais convencional, até a mais intelectual. Ela é sensível, percebe tudo ao redor. Ela sorri quando uma rufada de vento toca seu rosto. E fecha os olhos... Ela é capaz de carregar em si aquela brisa fresca que nos acolhe num dia de calor. Mas também sabe ser aquela ventania que leva todas as folhas secas embora. Ela vê beleza em pequenas coisas, em tudo que participa. Um raio de sol a inspira, como o luar também. O orvalho, a tempestade: quem faz seu dia bonito é sua energia própria. Ela tem luz. Luz que irradia e ilumina. Ela faz qualquer ambiente mais feliz. E quando está triste, ela consegue suspirar e encher o pulmão de esperança até quando este está raso por alguma dor. Ela chora, chora sempre. Porque a emoção é sempre maior. E ela extravasa em um líquido salgado e quente. Combinação tão interessante quanto a intensidade do seu sofrer. Ela já viveu tristezas. Tristezas gigantes devido ao seu envolvimento com tudo. Ela já viveu tristezas alheias. Mas a diferença, é que nela, as marcas são como degraus: servem para alcançar patamar de conhecimento. São cicatrizes bem fechadas, quase invisíveis. Ela dança... dança sozinha, dança livre... Ela tem tanta graça em si: quando caminha é como se dançasse para o mundo. E as pessoas percebem quando ela passa. Canta também. Onde pode. Sempre que pode e tem vontade. Mas a ela, encanta ver aos outros cantar: ela sabe que quando alguém canta é porque a felicidade está plena, e ela se sente feliz também. Em sua alma vivem fadas: fadas que voam libertas quando ela dá aquele seu grande sorriso. Quando gargalha, ela exorciza todos seus medos, e fica nova como que renascida. Ela fala com plantas. Conversa com animais. E eles respondem: conseguem entender a alegria que existe dentro dela. Ela consegue voar, em seus sonhos e nos dos outros, com a mesma facilidade que mantém os pés no chão quando é necessário. Ela é forte dentro de toda fragilidade feminina: ela é pau pra toda obra. Ela aceita desafios. Ela participa. Se precisar, ela te puxa. Se precisar, ela te alcança: se você bobear ela te passa. Ela sabe renascer, refazer histórias, recomeçar de qualquer ponto. Está sempre pronta para escrever um novo livro. Ela é encantadora na forma de falar. É flexível. Ela é sensível e charmosa. Ao mesmo tempo, debochada e de opinião firme. Sensata e sensitiva. Ela ri da própria desgraça. E toca em frente. Pensa rápido e tem todas as respostas. Ela é sabia, mas não se considera: está em busca de conhecimento vorazmente. Ela tem monstros e luta contra eles, com ânsia de quem compete contra a vida, contra o tempo: porque ela não pode perder tempo de jeito algum. Ela tem muito de diferente. Ela é única e exclusiva, porque tem todas as mulheres em uma mulher só.

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