segunda-feira, 21 de julho de 2014

O menino chamado Tempo


Não existe nada mais poderoso que o tempo.
Ele é dono de toda razão existente no Universo.
Ele faz e desfaz o que quiser.
Apaga, desapega, cicatriza, conserta, adormece.
A distância física nem é tão poderosa... mas o tempo... ahhhh o tempo... ele é capaz de minimizar qualquer calor, qualquer amor, qualquer dessabor.

O tempo é menino travesso, que ri ou gargalha da gente, gritando aos quatros cantos do mundo: "Vocês não sabem de nada!"
É menino que passeia, pulando, ao redor de qualquer situação, com lindos balões coloridos, em calças curtas presas em suspensório, que se diverte conosco, enquanto nós não entendemos nada do seu comportamento.
É criança travessa, que atravessa nossa vida, mesmo sem convite, nos indigna em inúmeros aspectos e desobedece a nossa ordem de: "Sossega, menino!"
Às vezes, ele corre ao nosso redor, nos deixando tontos. Outras vezes, corre de nós, a perder de vista.
O tempo é rápido, é sagaz, malandro.
Ele nunca fica quieto. Ele nunca para de correr.

Ele só irá adormecer o dia em que, nós, humanos tontos, bobos, não sábios, pedirmos para ele: "Por favor... me dê mais algumas horas!"
Só que dessa vez, quando o alcançarmos e ele estiver tropeço, sem fôlego, diminuindo seus minutos... nessa mesma hora, ele fechará os olhos como quiser, com sorriso a meia boca. Dormirá profundamente e ainda é capaz de soltar um:  "Eu não disse?"

E nós teremos, mais uma vez, que obedecer a sua ordem, mesmo mentalmente gritando: "Por favor, menino, volte a correr..."

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