quarta-feira, 26 de julho de 2017

Dor coada

Era tamanha a dor que eu sentia,
que minh’alma jazia em pó.

Peguei água quente
em temperatura fervente

pensei 'calor pode ser engolido'
quem sabe a água em grão moído
esquente coração em tecido puído?

Mas café não aquece quem sente
o pulsar de dor tão latente

peguei essa água fervente
joguei na dor macerada 

coei minh’alma que jazia
e de tal mistura 
nasceu poesia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário